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Inimigos das Abelhas

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"Sem dúvida, a apicultura moderna com colmeias móveis e um comércio global de abelhas e produtos apícolas é um dos vetores mais eficientes para a doença."--Honey Bee Colony Health: Challenges and Sustainability, Diana Sammataro, Jay A. Yoder, Pg 99
Os Tradicionais Inimigos das Abelhas

Tradicionalmente as abelhas têm inimigos; pragas, predadores e oportunistas. Alguns são grandes como os ursos e alguns são pequenos como os vírus.

Ursos.

Urso. Bears are not a problem for me. Some people live where there are bears and they are their biggest problem. All kinds of bears love to eat bee larvae and they don't mind honey too much either. Symptoms that you have a bear problem: Hives all tipped over and large chunks of the brood nest eaten. Sometimes vandals will tip over hives, but human ones don't usually eat the larvae. The only solutions I've heard of for bears are very strong electric fences with alternating ground wires on the fence (so they are sure to get grounded) and bait on the fence (bacon is popular) so that the bear gets its tender mouth parts on the fence. This seems to work most of the time. Some people put the hives up on a platform too high for the bears, but it is difficult to haul honey down from the platform and move boxes up. Of course sometimes the only way to stop a bear is to kill it and eat it, but the legalities and difficulties of that are best left to a hunting magazine.

Doninhas.

Mephitis mephitis e outras variedades. As doninhas são um predador muito comum das abelhas na América do Norte. Os sintomas são abelhas muito zangadas, arranhões na frente das colmeias, pequenos montes de abelhas mortas no chão perto das colmeias com abelhas cuja hemolinfa foi sugada. Muitas soluções funcionam razoavelmente bem. Colocar as colmeias mais altas ou usar entradas de topo, tiras de aderência de tapete na tábua de voo, rede de galinheiro na tábua de voo, proteção anti-pilhagem, capturar, envenenar e matar com arma de fogo. Eu apenas matei com arma de fogo e usei proteção anti-pilhagem e acabei por fazer entradas de topo. Mas muitos juram que há outras soluções. Um ovo cru na casca com uma ponta removida e três aspirinas esmagadas lá dentro, a outra ponta do ovo enterrada no chão em frente à colmeia (ou colmeias) que está a ser atacada é uma solução que já ouvi, eu provavelmente já teria tentado essa solução se as minhas entradas de topo tivessem falhado. Outros venenos preocupam-me por causa do meu cão, galinhas e cavalos.

Gambás.

Didelphis marsupialis. Os mesmos problemas e soluções que as doninhas.

Ratos.

Género Mus. Muitas espécies e variedades. Também os musaranhos (Cryptotis parva). São um problema acima de tudo no inverno quando as abelhas formam cacho e os ratos entram na colmeia. Usualmente rede metálica com buracos de 6.35mm sobre as entradas permite que as abelhas entrem e saiam mas não os ratos. Ou use apenas entrada de topo para que os ratos não consigam entrar.

Traças da cera.
Traças da cera

As traças da cera do género Galleria mellonella (maior) e Achroia grisella (menor) são realmente opor-tunistas. Elas tomam partido de enxames fracos e vivem do pólen, mel e furam a cera. Elas deixam um rasto de teias e fezes. Por vezes são difíceis de ver porque se tentam esconder das abelhas. Elas furam o meio dos favos (quase sempre no ninho mas também por vezes nas alças) e furam também nas ranhuras dos favos. Isto parece preocupar muito bastantes apicultores e é a causa de muita contami-nação química na colmeia, então vamos ver o que fazer de seguida.

Nosema.

Causado por um fungo (era classificado como um protozoário) chamado Nosema apis. Nosema está sempre presente e é na verdade uma doença oportunista. A solução química comum (que eu não uso) era Fumidil que foi recentemente renomeado para Fumagilin-B. Na minha opinião a melhor prevenção é ter a certeza que o enxame está saudável, não há um stress nas abelhas por algum motivo e estão alimentadas com mel. A pesquisa mostra que alimentar com mel, especialmente mel escuro, como alimento de inverno baixa a incidência do Nosema. Também uma pesquisa feita da Rússia nos anos 70 mostrou que o espaçamento natural (32mm em vez do que se usa atualmente que é 35mm) reduz a incidência de Nosema.

Na minha opinião a humidade na colmeia no inverno, demasiado tempo fechada e qualquer tipo de stress e alimentação com xarope de açúcar aumenta a incidência. De qualquer das formas, alimente com xarope de açúcar se você não tem mel se isso ajudar um enxame fraco de pacote, núcleo ou desdobramento. De qualquer das formas, se você não tem mel, alimente com xarope de açúcar no outono em vez de as deixar morrer de fome, mas na minha opinião se você puder deixe-lhes mel como alimento de inverno.

Se você quer uma solução e não quer usar “químicos” mas sim óleos essenciais e similares, timol ou óleo de erva-príncipe em xarope são tratamentos eficazes. Mas tenha em atenção que estes produtos vão matar também muitos micróbios benéficos na colmeia.

Os sintomas são os intestinos das abelhas inchados (se dissecar uma abelha) e disenteria. Não dependa apenas da disenteria. Todas as abelhas fechadas muito tempo ficam com disenteria. Por vezes as abelhas alimentam-se de fruta podre ou outras coisas que lhes causam disenteria mas pode não ser Nosema. O único diagnóstico fiável é encontrar o organismo do Nosema com um microscópio.

Se você quer compreender como é necessário (ou não) dar tratamentos para o Nosema, eu vou dizer algumas coisas que podem ajudar a clarificar isso para si. Primeiro, saiba que muitos apicultores nunca trataram o problema, incluindo eu. Não só há muitos apicultores que não querem colocar antibióticos nas suas colmeias mas de facto muitos apicultores estão proibidos por lei de usar Fumidil. Eu não sou certamente a pessoa que pensa que é má ideia colocar Fumidil na sua colmeia. A União Europeia baniu o seu uso na apicultura. Então nós sabemos que eles não estão a usar o produto de forma legal. As razões deles? É suspeito de causar defeitos em recém-nascidos. A Fumagilin pode bloquear a formação de veias e artérias por se ligar a uma enzima chamada methionine aminopeptidase. A disrupção do gene alvo methionine aminopeptidase resulta em um defeito de gastrulação embriónica e paragem do crescimento das células do endotélio. O que fazem para tratar na EU? Xarope de timol.

Então porque é que você quer evitar o uso de Fumidil?

Qual o perigo de usar Fumidil dentro da sua colmeia? É difícil dizer exatamente, mas de todos os químicos que as pessoas colocam nas colmeias é provavelmente um dos menos perigosos. Também desaparece rapidamente. Não parece ter muitos aspetos negativos à superfície de qualquer maneira. Mas se a sua filosofia é Biológica ainda deve estar a pensar, porque é que eu quero colocar antibióticos na minha colmeia? Eu certamente não os quero no meu mel e há minha vista; tudo o que entra na colmeia pode ir parar ao mel. As abelhas mudam as coisas de sitio o tempo todo. Todos os livros que vi acerca de mel em favo falam de que as abelhas mudam o mel do ninho para as alças durante um desdobramento para redução do efetivo. Ter uma parte da colmeia como único sítio onde coloca químicos é uma boa ideia, mas é como ter uma zona de uma piscina onde se pode urinar.

Equilíbrio Microbiano

O que é que os antibióticos fazem ao equilíbrio natural do sistema? A experiência com antibióticos diria que eles perturbam a flora natural de qualquer sistema. Eles matam muitas das coisas que talvez devam lá estar e não devem ficar ausentes pois o seu espaço pode ser preenchido por outra coisa qualquer. Os Probióticos apareceram como uma coisa fantástica para as pessoas, cavalos e outros animais, principalmente porque nós usamos antibióticos todos os dias e perturbamos a flora natural do nosso sistema digestivo. Será que existem micro-organismos benéficos a viver nas abelhas e nas colmeias? Será que são afetados pelo Fumidil? Sim, não é científico da minha parte assumir isso sem um estudo que confirme, mas a minha experiência diz que todos os sistemas naturais são muito complexos até ao nível microscópico. Eu não quero correr o risco de perturbar esse equilíbrio.

Por fim há a razão por que foi proibido na maioria dos países, que é por causar defeitos nos recém-nascidos dos mamíferos.

Aqui está uma pesquisa que mostra que o Fumidil interrompe as bactérias que protegem o intestino da abelha de Nosema

Sustentar abelhas fracas

Sim, aqueles com uma filosofia Cientifica vão achar essa afirmação ofensiva. Mas eu não tenho melhor forma de o dizer. Criar um sistema de criação de abelhas que está dependente de antibióticos e pesticidas; que perpetua abelhas que não conseguem sobrevivem sem intervenção constante; é na minha vista biológica da apicultura, contra produtivo. Nós continuamos apenas a criar abelhas que não conseguem viver sem a nossa ajuda. Talvez algumas pessoas fiquem satisfeitas por as suas abelhas precisarem delas. Eu não sei. Mas eu prefiro ter abelhas que podem tomar conta de si próprias.

Que práticas não orgânicas podem contribuir para o Nosema?

Encorajar o Nosema?

Enquanto o grupo não biológico tende a querer acreditar que alimentar com açúcar em vez de deixar mel para as abelhas previne o Nosema, eu nunca vi evidência disso. O mel pode ter mais sólidos e pode causar mais disenteria, mas enquanto a disenteria é um sintoma de Nosema, não é nem a causa nem a evidência de Nosema. Em outras palavras, apenas porque elas têm disenteria não significa que tenham Nosema.

Muitos dos inimigos das abelhas, tais como o Nosema, ascoferiose, loque europeia e Varroa, tudo vive e se reproduz bem com o pH do xarope de açúcar e não se reproduz bem no pH do mel. Isto, no entanto, parece ser ignorado universalmente no mundo da apicultura. A teoria prevalecente em como o método de pingar com ácido oxálico é que a hemolinfa das abelhas fica demasiado ácida para a Varroa e ela morre, enquanto as abelhas sobrevivem. Então será mesmo bom alimentar as abelhas algo que tem um pH em que a maioria dos inimigos, incluindo Nosema, prosperam, em vez de lhes deixar mel que tem um pH onde a maioria dos seus inimigos falha?

A Conclusão

A conclusão é esta. Você tem de decidir acerca dos riscos. O que você está disposto a colocar dentro das suas colmeias e por consequência no seu mel. Como você quer ter as abelhas. Qual a sua confiança no sistema natural e qual a sua vontade de lutar por “uma vida melhor através da química.”

Nosema ceranae

Há uma criança nova na cidade e parece que a partir da pesquisa ela chutou a bunda de Nosema apis. Nosema apis é difícil de encontrar agora desde que Ceranae assumiu. E a pior notícia para os "treaters" é que o Fumidil torna as coisas piores.

Moot?

Talvez toda essa conversa sobre o fumidil seja agora um ponto discutível, uma vez que a ceranae assumiu e o fumidil só ajuda a ceranae?

Cria Petrificada

Isto é causado por vários fungos incluindo Aspergillus fumigatus e Aspergillus flavus. Extratos destes fungos são usados para fazer Fumagilin usado para tratar o Nosema. Larvas e pupas são suscetíveis. Causa mumificação da cria afetada. As múmias ficam rijas e sólidas, não parecem esponjas como com a Cria Giz (ascoferiose). A cria afetada fica coberta com um pó verde que é constituído por esporos fúngicos. A maioria dos esporos encontram-se junto à cabeça da cria afetada. A causa principal é demasiada humidade na colmeia. Aumente a ventilação. Retire a prancheta de agasalho ou tire o estrado sanitário. Tratamento não é recomendado. O problema vai desaparecer sozinho.

Cria Giz (ascoferiose)

Cria Giz (ascoferiose).

Isto é causado por um fungo, Ascosphaera apis. Chegou aos EUA em 1968 mais ou menos. A causa principal é demasiada humidade na colmeia, cria arrefecida e genética. Aumente a ventilação (mas não muito). Retire a prancheta de agasalho ou tire o estrado sanitário. Se você tem pequenas bolas brancas na frente da colmeia que parecem pequenos grãos de milho, você provavelmente tem Cria Giz. Colocar a colmeia ao sol e aumentar a ventilação usualmente resolve o problema. Mel em vez de xarope pode contribuir também para resolver o problema, uma vez que o xarope de açúcar é muito mais alcalino (maior pH) que o mel.

“Valores baixos de pH (equivalentes aos encontrados no mel, pólen e comida das crias) reduzem drasticamente o aumento e produção das células dos fungos. Ascosphaera apis parece ser um organismo patogénico altamente especializado para a vida nas larvas das abelhas melíferas.”— Autor. Dept. Biological Sci., Plymouth Polytechnic, Drake Circus, Plymouth PL4 8AA, Devon, UK. Library code: Bb. Language: En. Apicultural Abstracts from IBRA: 4101024

Rainhas de genética mais higiénica também contribuem para resolver o problema. Abelhas mais higiénicas vão remover a larva antes que o fungo tenha criado esporos. O lado bom da Cria Giz é que previne a Loque Europeia.

Loque Europeia.

Causada por uma bactéria. Era chamada de Streptococcus pluton mas agora foi renomeada para Melissococcus pluton. A Loque Europeia é uma doença da criação. Uma larva infetada fica castanha e a sua traqueia fica com uma cor castanha ainda mais escura. Não confunda isto com uma larva que é alimentada com mel escuro. Não é só a comida que é castanha. Olhe para a traqueia. Quando piora, a criação vai morrer, pode ficar preta e talvez os opérculos fiquem côncavos. Os opérculos no ninho vão ficar espalhados, sem padrão uniforme, porque as abelhas removem as larvas mortas. Para diferenciar a loque europeia da loque americana use um palito, introduza-o dentro de um alvéolo infetado e puxe-o lentamente. A loque americana faz um “fio” com 5cm a 8cm. Isto é causado por stress e remover esse stress é a melhor coisa. Você pode também, tal como com qualquer doença de cria, parar o ciclo de criação colocando a rainha numa gaiola ou mesmo removendo-a da colmeia e deixar as abelhas criar uma nova rainha. Quando uma nova rainha emergir, acasalar e iniciar a postura toda a criação anterior já terá emergido ou morrido. Se você quer usar químicos, o tratamento é a Terramicina. A Estreptomicina é ainda mais eficiente mas não está aprovada pela FDA nem pela EPA.

Loque Americana.

Causada por uma bactéria que forma esporos. Era chamada de Bacillus larvae mas foi renomeada para Paenibacillus larvae. Com a Loque Americana a larva usualmente morre após ser operculada, mas antes disso aparenta estar doente. O padrão da criação vai estar irregular. Os opérculos vão estar côncavos e por vezes furados. As larvas mortas formam um fio de muco quando remexidas e puxadas com um pau de fósforo. O cheiro é a podre e muito distinto. As larvas mortas há mais tempo formam umas escamas que as abelhas não conseguem remover.

Holts milk test:
No livro de Dadant chamado The Hive and The Honey Bee. Edição “Extensamente corrigida em 1975”. Pagina 623.

"“O teste de Holst usando leite foi criado para identificar as enzimas produzidas pela B. larvae quando se suspeita da doença (Holst 1946). Uma escama ou palito com o muco de larva morta é colocado num tubo que contem 3 a 4 milímetros de 1 por cento de leite desnatado e incubado à temperatura corporal. Se os esporos de B. larvae estão presentes, a suspensão turva vai desaparecer em 10 a 20 minutos. As escamas da Loque Europeia ou Cria Ensacada dão negativo neste teste.” "

Estão disponíveis kits de várias empresas. Testes a custo zero estão disponíveis através do laboratório Beltsville (www.ars.usda.gov/Services/docs.htm?docid=7473).

A Loque Americana é também uma doença causada pelo stress. Em alguns estados dos EUA você é obrigado a queimar a colmeia infetada, abelhas e tudo o que estiver dentro dela. Em alguns estados dos EUA você é obrigado a sacudir as abelhas para equipamento novo e queimar todo o equipamento velho. Em alguns estados dos EUA é obrigado a remover os favos e abelhas e depois eles fumigam todo o equipamento num tanque grande. Alguns estados dos EUA apenas requerem que você use Terramicina para tratar as abelhas. Alguns estados dos EUA se você está a tratar permitem que continue mas se o inspetor apícola descobre é obrigado a destruir as colmeias. Muitos apicultores tratam com a Terramicina (por vezes abreviada para TM) de forma preventiva. O problema é que isto pode mascarar a presença da Loque Americana. Os esporos da Loque Americana vão, de todas as formas práticas, viver para sempre, então qualquer equipamento contaminado vai continuar assim a menos que seja fumigado ou queimado. Água a ferver não os destrói. Nem a TM nem a Tilosina destroem os esporos, apenas matam as bactérias vivas. Os esporos de Lorque Americana estão presentes em todas as colmeias. Quando um enxame está em stress é muito provável que surja nessa colmeia um surto. A prevenção é o melhor. Tente não deixar as colmeias serem pilhadas ou ficarem sem reservas. Roube reservas e abelhas a outras colmeias para fortalecer enxames fracos para que não fiquem stressados. O que você pode fazer se tiver Loque Americana varia em cada estado dos EUA, certifique-se que obedece às leis do seu estado. Pessoalmente, eu nunca tive Loque Americana. Eu não tenho tratado com TM desde 1976. Se eu tivesse um surto eu teria de decidir o que fazer. Poderia depender da quantidade de colmeias afetadas, mas se eu tivesse mesmo o surto eu provavelmente sacudiria as abelhas para dentro de equipamento novo e queimaria o equipamento velho. Se eu tivesse um grande surto, eu tentaria parar o ciclo de criação e trocaria os favos infetados. Se nós apicultores matamos todas as abelhas com Loque Americana não criamos abelhas resistentes à doença. Se nós apicultores continuarmos a usar Terramicina como preventivo, vamos espalhar Loque Americana resistente à Terramicina.

A pesquisa mais recente sobre o assunto que eu já vi mostrava que usar Terramicina contribui para a suscetibilidade das abelhas à Loque Americana. A razão é que as bactérias benéficas no intestino das abelhas amas estimula o sistema imunitário das larvas dando-lhes proteção. A falta dessas bactérias deixa as larvas suscetíveis à doença. O facto que uma falta de bactérias benéficas nos intestinos contribui para a propagação da Loque Americana foi descoberto por Martha Gilliam e estudos mais recentes encontraram que essas bactérias formam um biofilme que protege as abelhas do Nosema e notaram que também protege a colónia da Loque Americana e Loque Europeia. Finalmente um estudo ainda mais recente encontrou os mecanismos de proteção contra a Loque Americana e Loque Europeia que são baseados na estimulação do sistema imunitário das larvas de abelha.

ParaLoque.

Esta doença é causada pelo Bacillus para-alvei e possivelmente por combinações de outros micro-organismos e tem sintomas similares à Loque Europeia. A solução mais fácil é parar o ciclo de criação. Coloque a rainha em gaiola e espere que as abelhas criem uma rainha nova. Se você colocar a rainha velha num núcleo ou num banco de rainhas, você pode devolver a rainha mais tarde se as abelhas não conseguirem criar uma rainha nova.

Cria Ensacada.

Causada por um vírus usualmente chamado de VCE (Vírus da cria ensacada). Os sintomas são padrões de cria irregulares e outras doenças de criação mas as larvas ficam num saco com as cabeças levantadas. Como em qualquer doença de criação, parar o ciclo da criação pode ajudar. Usualmente o problema desaparece no fim da primavera. Trocar a rainha por vezes também ajuda.

Parar o ciclo de criação para ajudar a combater doenças de criação.

Para todas as doenças de criação isto ajuda. Até para o problema da Varroa pois sem cria de abelha a varroa não se consegue reproduzir. Para fazer isso apenas precisa ter um enxame sem criação. Especialmente sem criação aberta. Se você está a planear trocar a rainha de qualquer forma, apenas mate a rainha velha, espere uma semana e depois destrua todos os alvéolos reais. Não espere três semanas porque nessa altura já é tarde demais. Espere mais duas semanas e introduza a rainha nova (encomende a quantidade de rainhas que vai precisar antecipadamente). Se você quer criar as suas próprias rainhas, remova apenas a rainha velha (coloque-a numa gaiola ou coloque-a num núcleo algures para o caso de elas terem falhado a criação de nova rainha) e deixe-as criar a nova rainha. Quando a nova rainha iniciar a postura já não haverá criação. Uma gaiola de rainha com o formato de mola de cabelo funciona bem. As abelhas que cuidam da rainha entram e saem mas a rainha não consegue sair.

Alvéolos Pequenos e Doenças de Criação.

Os apicultores que usam alvéolos pequenos dizem que ajuda com as doenças de criação. Especialmente quando o tamanho está perto dos 4.9mm. Nós sabemos que quando os alvéolos ficam pequenos demais as abelhas mastigam-nos e deitam fora e obviamente haverá muito mais casulos em alvéolos grandes que nos alvéolos pequenos. (Veja a pesquisa de DeGrout sobre o assunto). Eu não sei se ajuda com as doenças de criação ou não, mas a minha especulação (e é meramente especulação) sobre isto é que o alvéolo pequeno é mastigado pelas abelhas antes que tenha muitos casulos acumulados enquanto os alvéolos de 5.4mm ficam cheios de casulos de várias gerações de abelhas até ficarem apenas com o tamanho de 4.8mm ou menos antes de serem mastigados e deitados fora. Isto deixa muitos mais lugares para os organismos patogénicos que afetam a criação se acumularem.

Vizinhos.

Já aconteceu que vizinhos assustados pulverizaram as nossas colmeias com Raid, mas usualmente eles têm demasiado medo de o fazer e usam apenas pesticidas nas suas flores para se livrarem das abelhas. Se eles usarem o produto Sevin muitas das nossas abelhas podem morrer. Crianças “Corajosas” da vizinhança por vezes derrubam as nossas colmeias numa demonstração de bravura. Oferecer frascos de mel aos vizinhos e talvez ter boas relações públicas é uma estratégia que ajuda. Se alguém vê você a abrir uma colmeia sem proteção na cabeça isso muitas vezes faz com que a pessoa perca o medo. Mas você pode ter o azar de abrir a colmeia num dia em que as abelhas estejam zangadas e ser ferrado o que vai apenas reforçar o medo das pessoas. Eu usaria máscara mas não as luvas e tentaria não reagir caso fosse ferrado. Dessa forma eles observam que não é difícil e as abelhas não estão sequer com vontade de o matar.

Inimigos recentes

Recentemente novos inimigos chegaram.

Ácaros Varroa.

A Varroa destrutor (previamente chamada de Varroa jacobsoni, que é uma variedade diferente de ácaro da Malaysia e Indonesia) é uma invasora recente das colmeias na América do Norte. Ácaros Varroa chegaram aos EUA em 1987. Elas são como carraças. Elas prendem-se às abelhas e sugam a hemolinfa das abelhas adultas e depois entram nos alvéolos antes de serem selados e reproduzem-se durante a fase em que a criação está selada. A fêmea adulta entra no alvéolo 1 a 2 dias antes de ser selado, sendo atraída pelas feromonas produzidas pelas larvas antes de serem seladas. A fêmea alimenta-se da hemolinfa da larva durante algum tempo e depois começa a pôr ovos durante 30 horas. A primeira Varroa a nascer é um macho (haploide) e o resto são fêmeas (diploide).

Num alvéolo grande (veja o Capítulo Tamanho de Alvéolo Natural no Volume II) a fêmea pode pôr até 7 ovos e visto que as varroas imaturas não sobrevivem logo que a abelha emerge, um ou dois ácaros fêmea vão provavelmente sobreviver. Estas acasalaram, antes de a abelha emergir e emergem também com a própria abelha.

Varroa Varroa

Os ácaros Varroa são suficientemente grandes que você os consegue ver. São como uma sarda numa abelha. Elas são de cor castanha e de forma oval. Se você olhar para uma de perto com uma lupa você pode ver usualmente a pernas curtas delas. Para monitorizar a infestação de Varroa precisa de uma colmeia com estrado sanitário e um pedaço de cartão branco. Se você não tem estrado sanitário então precisa de um cartão pegajoso. Você pode comprar um pedaço de rede metálica com buracos de 3.2mm com um pedaço de papel pegajoso por baixo. O papel que usa para forrar gavetas serve. Coloque o cartão ou papel por baixo, espere 24 horas e conte os ácaros. É melhor fazer isso durante vários dias e depois fazer uma média, mas se você tem poucas varroas (0 a 20) você não está com problemas mas se você tem (50 ou mais) em 24 horas você precisa de fazer algo ou aceitar as perdas.

Eu penso que o objetivo deve ser o de não usar tratamentos. Mas estes são os tratamentos mais comuns.

Vários métodos químicos estão disponíveis..

Apistan (fluvalinato) e CheckMite (coumaphos) são os acaricidas mais usados para matar os ácaros. Ambos se acumulam nas ceras e ambos causam problemas para as abelhas e contaminam a colmeia. Eu não os uso.

Produtos mais fracos para controlo dos ácaros são Timol, ácido oxálico, ácido fórmico e ácido acético. Os ácidos orgânicos já existem naturalmente no mel e assim não são considerados contaminantes para algumas pessoas. O Timol é aquele cheiro a Listerina (um antisséptico bucal) e apesar de existir no mel de Tomilho, não está presente noutros méis. Eu já usei ácido oxálico e gostei, foi no controlo da varroa enquanto fazia a regressão pra alvéolos pequenos. Eu usei um simples vaporizador feito de tubo de bronze. As minhas preocupações sobre todos estes produtos são os seus impactos nos micróbios benéficos na colmeia.

Químicos inertes para o controlo do ácaro varroa.

Óleo Mineral Alimentar é uma das escolhas mais populares. O Dr. Pedro Rodriguez, DVM, tem sido um proponente e pesquisador neste assunto. O seu sistema original era o uso de fios de algodão embebidos em óleo mineral alimentar, cera de abelhas e mel numa emulsão. O objetivo era manter o óleo mineral alimentar nas abelhas por um longo período para que as abelhas se limpassem ou as varroas sufocassem no óleo. Mais tarde um nebulizador para controlo de insetos a gás propano foi usado como suplemento aos fios de algodão. Outra vantagem de usar a nebulização com óleo mineral alimentar é que aparentemente mata também os ácaros da traqueia. Mas isto pode também ser interpretado como mau pois você pode estar a perpetuar genética nas suas abelhas que não conseguem lidar com os ácaros da traqueia.

Pó Inerte. O pó inerte mais comum é o açúcar em pó. O tipo que você compra nas mercearias. O pó é aplicado sobre as abelhas para desalojar os ácaros. De acordo com uma pesquisa de Nick Aliano, na Universidade do Nebrasca, este método é mais eficiente se você remover as abelhas da colmeia, aplicar-lhes o pó em cima e depois as colocar de novo na colmeia. Também é sensível à temperatura. Demasiado frio e os ácaros não caem. Demasiado quente e as abelhas morrem.

Métodos físicos.

Alguns métodos são apenas o uso de acessórios das colmeias e outras coisas. Alguém observou que havia menos varroas nas colmeias com capta-pólen e pensou que talvez as varroas caiam para dentro do capta-pólen. O resultado foi a criação dos estrados sanitários (em inglês usualmente abrevia-se para SBB). Isto é um fundo na colmeia com rede metálica de buracos com cerca de 3mm. Isto permite que os ácaros que caiam das abelhas acidentalmente ou porque as abelhas se estavam a limpar e onde eles não conseguem voltar para as abelhas. A pesquisa mostra que isto elimina 30% dos ácaros. Eu duvido seriamente desse valor mas eu gosto dos estrados sanitários para monitorizar a infestação de ácaros, para controlar a ventilação e ajudar em qualquer controlo que você possa fazer.

O que eu faço.

Eu uso alvéolos pequenos/naturais, algumas colmeias com estrados sanitários e monitorizo os ácaros com uma tábua por baixo do estrado sanitário. O meu plano é enquanto os ácaros estiverem controlados, e até agora, desde 2002 estão controlados, é tudo o que eu faço. Eu nunca precisei de fazer nada mais e a infestação de varroa baixou ao ponto de serem difíceis de detetar. Se o número de ácaros aumenta enquanto as colmeias têm alças em cima eu removo a cria de zangão e talvez nebulize com óleo mineral alimentar ou aplique açúcar em pó. Se ainda estiverem com muita varroa após a cresta de outono, eu talvez use ácido oxálico vaporizado mas também planeio trocar de rainha. Até agora eu não precisei de tratar desde que as abelhas terminaram a regressão. Apenas o uso de alvéolos pequenos tem sido eficiente para mim, para ambos os tipos de ácaros e adequado em condições normais.

Mais acerca da Varroa

Sem entrar no assunto sobre quais os melhores métodos, eu penso que é significante para o sucesso e por vezes a subsequente falha de muitos dos métodos que nós como apicultores tentamos usar. Eu usei nebulização de óleo mineral alimentar apenas durante dois anos e depois matei os ácaros todos com ácido oxálico, no fim desses dois anos havia uma média de 200 ácaros por colmeia. Isto é uma contagem muito baixa de ácaros. Mas algumas pessoas observaram um aumento súbito de ácaros num curto espaço de tempo. Parte disso é, claro, devido a toda a cria que emerge com mais ácaros. Mas eu acredito que o problema é também devido ao óleo mineral alimentar (e outros sistemas também) conseguir criar uma população estável de ácaros dentro da colmeia. Em outras palavras, os ácaros que emergem estão a substituir os ácaros que morreram. Este é o objetivo de muitos dos métodos. Há rainhas cuja genética providencia características muito higiénicas às obreiras, por outras palavras, as obreiras removem cria com varroa e assim reduzem a capacidade da varroa se reproduzir (em inglês usam-se as siglas VSH e SMR para designar essas rainhas e abelhas). Mas mesmo se você conseguir uma reprodução estável dos ácaros, isso não evita que centenas de ácaros entrem na colmeia à boleia das abelhas. Usando açúcar em pó, alvéolos pequenos, óleo mineral alimentar ou outra coisa que ajude as abelhas retirando uma quantidade de ácaros, ou prevenindo a reprodução dos ácaros parece funcionar em algumas condições. Eu acredito que essas condições são em circunstâncias onde não há um número significante de ácaros a entrar na colmeia vindos de outras colmeias.

Todos estes métodos parecem falhar quando por vezes há um aumento súbito de ácaros no outono.

Depois há outros métodos usando “força bruta”. Em outras palavras, eles matam virtualmente todos os ácaros. Até mesmo estes parecem falhar por vezes. Nós temos assumido que é por causa da resistência e talvez isto seja um fator que contribui. Mas será que por vezes não é mesmo o entrar de ácaros vindos de fora da colmeia? Admito que ter o veneno na colmeia durante um período de tempo em que o aumento significativo de população ocorre parece ajudar mas por vezes também falha.

Uma explicação para isto pode ser que as abelhas que estão a pilhar ou se enganam na colmeia estão a causar o problema.

“A percentagem de abelhas campeiras originárias em colónias diferentes no apiário vão desde 32 a 63 por cento”— Boylan-Pett & Hoopingarner,Acta Horticulturae 288, 6th Pollination Symposium, 1991 (veja na revista Bee Culture, 36, Jan 2010)

Eu ainda não vi isso acontecer em alvéolos pequenos…até agora. Nem vi isso acontecer com tratamento de óleo mineral alimentar. Eu vi isso acontecer quando usava alvéolos grandes. Mas outros já observaram isso acontecer com o óleo mineral alimentar e eu interrogo-me quanto é que isso afeta o sucesso de muitos métodos desde Sucracide até às rainhas com genética para comportamento higiénico, desde o Óleo Mineral Alimentar até ao Alvéolo Pequeno. Parece que existem pelo menos dois componentes para o sucesso. O primeiro é criar um sistema estável para que a população de ácaros não aumente dentro da colmeia. O segundo é descobrir uma forma de monitorizar e recuperar os enxames de aumentos ocasionais de ácaros vindos do exterior. As condições que causam aumentos grandes de ácaros parecem acontecer no outono quando os enxames roubam outros enxames cheios de ácaros e trazem para casa muitos ácaros à boleia enquanto ao mesmo tempo todos os ácaros que têm estado nos alvéolos selados estão a emergir junto com novas abelhas e não há mais criação onde os ácaros se possam reproduzir.

Ácaros da Traqueia.

Os ácaros da traqueia (Acarapis woodi) são pequenos demais para serem vistos a olho nu. Isto foi chamado primeiro de “doença da ilha de Wight” pois foi lá que foi primeiro observada e a causa naquela altura não era conhecida. Mais tarde descobriram que era causada por um ácaro, foi chamado então de “Doença Acarina” pois na altura era o único ácaro conhecido que era mau para as abelhas melíferas. Os sintomas são abelhas a rastejar, abelhas que não formam cacho no inverno e abelhas com as asas de cada lado separadas em forma de um “K”. Os ácaros da traqueia estão nos EUA que nos saibamos desde 1984. Se você quer descobrir se as suas abelhas têm esses ácaros terá de usar um microscópio. Não é preciso ser um muito potente, mas mesmo assim precisa de um pois elas são pequenas demais para ver a olho nu. Você não precisa de ver detalhes de uma célula, apenas uma criatura que é bastante pequena.

Os ácaros da traqueia precisam de entrar na traqueia para se alimentar e reproduzir. A abertura para a traqueia de um inseto é chamada de espiráculo. As abelhas possuem vários espiráculos e possuem também um sistema muscular com o qual podem fechar os espiráculos se quiserem. Uma vez que os ácaros são maiores que o espiráculo de maior dimensão (o primeiro espiráculo torácico) elas têm de encontrar abelhas jovens, as quais ainda têm a quitina macia e assim podem mastigar o primeiro espiráculo torácico o suficiente para entrarem. Uma vez lá dentro, a traqueia é muito mais espaçosa e providencia-lhes espaço para viver e se reproduzirem. Os ácaros da traqueia têm de fazer isso enquanto as abelhas têm 1 a 2 dias de vida antes que a sua quitina endureça. Um método de controlo para esses ácaros é um doce com óleo de cozinhar (feito com açúcar e óleo de cozinhar), porque isso esconde o cheiro que os ácaros da traqueia procuram de forma a encontrar abelhas jovens. Se eles não conseguem encontrar abelhas jovens, não conseguem mastigar o espiráculo das abelhas velhas para entrar e então não se conseguem reproduzir. Mentol é usado bastante para matar os ácaros da traqueia. Óleo mineral alimentar e há alguns relatos que indicam que ácido oxálico também as mata. Criar abelhas resistentes e alvéolos pequenos também é útil. A teoria em que o alvéolo pequeno ajuda é baseada nos espiráculos (as entradas na traqueia) com os quais as abelhas respiram são mais pequenos e os ácaros não conseguem entrar. Mas já que elas são demasiado pequenos é mais certo que entradas pequenas sejam menos atrativas para os ácaros que procuram entradas que possam alargar para entrar, ou a quitina fica mais grossa quanto mais longe da ponta e elas não conseguem mastigar a entrada o suficiente para entrar. É necessária mais pesquisa sobre este assunto. Mas basicamente, eu estou apenas a usar alvéolos pequenos e os ácaros da traqueia não têm sido um problema.

A resistência aos ácaros da traqueia não é algo difícil de selecionar e pode explicar o porquê dos apicultores que usam alvéolos pequenos não terem esse problema. Se você nunca trata e cria as suas próprias rainhas você vai acabar por ter abelhas resistentes. O mecanismo da resistência aos ácaros da traqueia não é conhecido. Uma teoria é que são abelhas mais higiénicas que limpam os ácaros da traqueia antes deles puderem entrar. Outra é que as abelhas têm espiráculos menores ou mais rijos e os ácaros não conseguem entrar. Outra é similar ao tratamento do doce com óleo, é que as abelhas mais jovens podem não produzir o odor que faz com que os ácaros da traqueia as procurem.

Acarapis dorsalis e A. externus são ácaros que vivem nas abelhas e que não se conseguem distinguir dos ácaros da traqueia (A. woodi). Eles são classificados de forma diferente simplesmente baseado no local onde são encontrados. O que leva à questão óbvia, será que são os mesmos mas não conseguem entrar nas traqueias?

O Pequeno Escaravelho da Colmeia.
O Pequeno Escaravelho da Colmeia

Outra praga recente que não é até agora um problema onde estou é o pequeno escaravelho (Aethina tumida Murray), ou SHB (termo usado em inglês). A larva come favo e mel, parecida com a da traça da cera, mas são mais móveis, mais em grupos e rastejam para fora da colmeia e para o chão onde entram no estado de pupa. Os escaravelhos adultos enganam as abelhas a fim de os alimentarem mas as abelhas também gostam de os encurralar em cantos apertados. Há alguma controvérsia acerca desses cantos, se são maus pois dão aos escaravelhos um lugar para se esconderem, ou são bons pois são locais onde as abelhas os podem encurralar.

Os danos que eles fazem são similares aos da traça da cera mas mais extensivos e eles são mais difíceis de controlar. Se você cheira uma fermentação e encontra muitas larvas a rastejar nos favos você pode ter escaravelhos na colmeia. Os únicos controlos químicos aprovados para uso em armadilhas feitas com CheckMite e desparasitação do solo para matar as pupas, que necessitam de completar a sua metamorfose fora da colmeia no solo.

Eles já foram identificados no Nebrasca mas eu ainda não tive de lidar com eles, mas eu provavelmente irei usar mais PermaComb no ninho se eles se tornarem num problema. Enxames fortes parecem ser a melhor proteção.

Algumas pessoas usam armadilhas diversas (algumas feitas em casa e outras compradas em lojas) e algumas pessoas simplesmente ignoram-os. Eles parecem prosperarem solos arenosos e tempo quente mas podem sobreviver mesmo em solos argilosos e a invernos muito frios. Em que medida são um problema e quanto esforço é preciso para os controlar parece estar ligado a essas duas coisas principais: solo argiloso e inverno frio.

Será necessário tratar?

Os livros mais comuns sobre apicultura indicam que tratar é algo absolutamente necessário e que as abelhas acabam por ficar extintas sem a intervenção humana. Apenas para dar uma ideia, aqui fica a minha história completa sobre os tratamentos que fiz:

1974 usei Terramicina porque os livros me assustaram e me levaram a pensar que elas morriam sem o tratamento.

1975-1999 nada de tratamentos mas perdi as abelhas todas em 1998 e 1999 por causa da Varroa.

2000-2001 usei Apistan para a Varroa. Em 2001 as abelhas morreram todas por causa da varroa de qualquer forma.

2002-2003 usei ácido oxálico em algumas das colmeias, óleo mineral alimentar noutras, óleo de gualtéria (em inglês denominado por “wintergreen oil”) em algumas e nada no resto que estavam em regressão para alvéolo pequeno.

2004 até hoje deixei de fazer tratamentos.

Então os únicos 3 anos em que todas as minhas colmeias foram todas tratadas para alguma coisa foi em 1974, 2000, 2001.

Os únicos 5 anos em que algumas das minhas abelhas foram tratadas para alguma coisa foram 2002, 2003.

Os 40 anos (até à impressão deste livro) que nenhuma das minhas abelhas foi tratada para alguma coisa foram: 1975,1976, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2016, 2017, 2018.

Eu procuro ácaros (tal como o inspetor faz todos os anos) e eu olho bem para enxames que morreram para ver se eles morreram devido à Varroa. Eu já não encontro problemas com a Varroa. Eu ocasionalmente encontro uma Varroa.

Eu nunca tratei o Nosema ou fiz tratamento propositado contra ácaros da traqueia (apesar do óleo de gualtéria, o óleo mineral alimentar e o ácido oxálico as podem ter afetado).

Eu comprei alguns pacotes algumas vezes, mas eu estava também a expandir de cerca de quatro colmeias para 200, eu estava a vender alguns núcleos de alvéolos pequenos e ao mesmo tempo a criar rainhas.

Michael Bush

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